quarta-feira, 7 de maio de 2014

O inferno de uma doente com cancro deixada na escadaria de uma igreja no PORTO!

Foi longa a espera de Rosa. Doente de cancro, com graves problemas de mobilidade, esta mulher de 46 anos teve nesta segunda-feira alta do Hospital Joaquim Urbano, onde lhe trataram mais uma infecção respiratória e a deixaram sair, mesmo sabendo que, naquele dia, ela não tinha uma casa para onde ir. Metida sozinha num táxi, foi parar, desamparada, às escadas da igreja do Carvalhido, na rua onde o marido arruma carros. Aguentou-se ali, deitada, umas cinco horas até ser transportada pela polícia para um quarto numa pensão de Cedofeita, arranjado pela mesma Segurança Social que lhes cortara o rendimento social de inserção, deixando-os sem capacidade de pagar uma renda.
Felizmente está sol, reparava Paulo Natividade. É o amigo. O amigo que Armindo tem tido desde que a droga, o desemprego e a espiral descendente, contra a qual vai lutando, fizeram dele o arrumador de carros “oficial” da rua da Prelada. E o amigo que não calou a indignação pela forma como naquela segunda-feira, o Hospital Joaquim Urbano deu alta a uma mulher que não tinha, sabiam disso, para onde ir. Armindo tinha-os avisado de manhã. “Fiquei sem casa. Aguentem-na aí até eu resolver o problema” pediu ao telefone a um médico, à frente de Paulo. Às 14h, quando lá chegou, já ela não estava. Saíra num táxi. Pago, por “pena dela” pelo director de serviço de Pneumologia, explicou ao PÚBLICO o assessor de imprensa do Centro Hospitalar do Porto.  
“Ela queria sair. O médico avisou-a do problema da casa, mas a senhora disse que tinha familiares no Carvalhido e deixaram-na sair”, insistiu a mesma fonte, garantindo que, neste caso, não poderiam forçar a intervenção da Segurança Social. Não era a primeira vez que Rosa entrava e saía daquele hospital. Soma outros problemas de saúde ao cancro que, segundo a família, lhe deixa pouca esperança de vida, e “não é uma doente fácil”. Mas Armindo não entende porque cederam, e não esperaram que chegasse, tendo em conta a sua condição física débil e as dores que a obrigam a tomar morfina, entre vários outros medicamentos cujo custo não conseguem suportar. Foi deixada por um taxista nas escadas da igreja do Carvalhido às “portas do céus”, como se lê numa parede, e foi um irmão dele, Joaquim, que a descobriu assim, desamparada.
Armindo estava ainda no hospital, quando o irmão lhe telefonou. Pediu ajuda ao seu outro “irmão” Paulo Natividade, que trabalha naquela mesma rua e que acabou por passar a tarde ali, com eles. Pessoas foram chegando, incluindo o pároco responsável pela igreja cuja entrada ostenta uma imagem de Cristo e um mapa da Europa, mostrando a distância entre o Porto e Jerusalém, a Terra Prometida. Segundo o amigo, o sacerdote disse-lhes que procurassem apoio na Junta de Freguesia e, perante os apelos de quem ali estava, pediu ao sacristão que lhes arranjasse um cobertor, explicou o amigo. Depois, celebrou-se missa, e os fiéis foram saindo, indiferentes, a maioria deles, ao que ali se passava. Deixando ainda mais indignadas duas funcionárias do lar de Monte dos Burgos, Maria Nogueira e Ana Sousa que, ainda de farda, amparando Rosa, quase davam àquele escadório um ar de hospital em hora de visitas. Houvesse conforto…
Ainda assim, alguns paroquianos aproximaram-se, perguntaram, ajudaram. Um euro, dois. Um paliativo para aquela família, com um filho dependente, de 16 anos, que perdera o rendimento social de inserção, no valor de 408 euros. O rapaz deixara a escola, “para cuidar da mãe”, mas Armindo não sabia explicar se fora esse o motivo do corte. Conhecia, isso sim, as conquências dele. O senhorio do “apartamento” onde dormiam, na Rua Álvares Cabral, fechou-lhes a porta da casa. Trabalha com dinheiro à vista, sem recibos. “Só me deixa entrar se eu lhe pagar 400 euros”, queixava-se o antigo motorista que, ao mesmo tempo que luta para se afastar da droga que lhe “estragou a vida”, convivia, naquela casa partilhada por outros inquilinos, “com um “ambiente pesado, tentador” para um ex-toxicodependente.
Os haveres deles estavam, ainda ontem, todos lá dentro. Nas escadas, na segunda-feira, Rosa vestia a roupa com que saíra do hospital e aguentava, mal, a espera. Dois agentes da polícia, chamados ao local já tinham há muito pedido ajuda, ligando para o número de emergência social, quando, passavam das 19h, receberam a indicação de que havia para eles um quarto numa pensão, em Cedofeita. E foi deitada nos bancos traseiros do carro patrulha da PSP que esta mulher, a quem foi detectado há um ano um cancro no pulmão, foi levada. O cobertor que lhe arranjaram nas escadas da igreja foi útil para conseguirem levá-la, de novo escadas acima, até um segundo andar, onde esta terça-feira foi já visitada por uma assistente social. Que ficou de ver o que se passou com o processo do rendimento social de inserção e de procurar uma solução de habitação para esta família que, durante uma tarde, deixou, às portas do céu, um exemplo vivo de como a vida pode ser um inferno.
http://www.publico.pt/sociedade/noticia/uma-tarde-com-rosa-na-escadaria-dos-expostos-1634886

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Filho de ex-campeão do Sporting sobrevive na miséria

Filho de ex-campeão do Sporting sobrevive na miséria João Pedro Sitoe ficou paraplégico após um acidente em Gaia e vive com reforma de 329 euros.

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João Pedro Sitoe ficou paraplégico após um acidente em Gaia e vive com reforma de 329 euros.


A paixão pelo Sporting  foi transmitida pelo pai, Sitoe, que foi campeão pelo Sporting em  1965/66.
João Pedro, que ficou paraplégico num acidente em Gaia, há 15  anos, guarda as memórias na parede húmida do quarto em que reside, numa  casa da rua do Campo Alegre, no Porto. "O meu sonho é ter uma casa com condições mínimas e uma cadeira de rodas para sair da cama", disse ao  CM. Trabalhou em Lisboa como padeiro e pasteleiro. Mudou-se para o Porto há mais de 20 anos, onde foi ajudante de cozinha de um hotel. Sobrevive agora com uma reforma de 329 euros. Paga 200 de renda. Entrega mais de 100 aos Serviços de Assistência Organizações de Maria, que lhe levam as  refeições todos os dias e lhe dão banho uma vez por semana. Gasta cerca  de 50 euros em medicamentos para as dores, diabetes e estômago. "Não  sobra nada e há meses em que nem consigo pagar a renda", confessou,  entre lágrimas.

João Pedro, 45 anos, não consegue sair da cama. A cadeira de rodas  elétrica está avariada e a manual partiu-se. "A assistente social  disse-me que tinha de pagar 50 euros para me candidatar a uma nova",  referiu. "Só quero ter condições para sobreviver", acrescentou. "Como é possível que uma assistente social com conhecimento desta situação durma tranquilamente?", questiona Fernanda Francisco, do grupo
de ajuda Agir.

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quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Idosa precisa de cama articulada. (Lisboa)

Procuro uma cama articulada com grades para senhora idosa de Lisboa (Estefânia), com baixíssima reforma.

A cama articulada será uma ferramenta muito útil para o marido da senhora, também idoso, pois com muito menos esforço conseguirá muda-la de posição e, ao mesmo tempo, para o próprio senhora será sinónimo de um maior conforto, segurança e descanso.



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